terça-feira, 29 de julho de 2008

Rocky Mountains - Canada - 1200 km

Meu planejamento pra essa prova começou em agosto do ano passado, durante o Paris-Brest-Paris (PBP), que não fui por falta de recursos. Enquanto outros brasileiros tentavam completar a prova, eu navegava na internet descobrindo quase todas as provas de 1200 km ao redor do mundo, até que achei o site do Rocky Mountains, foi algo como amor a primeira vista, naquele momento eu decidi que iria pro Canada. Não sabia se eu teria condições físicas nem de fazer o PBP, e as montanhas do RM deixava o trajeto francês parecendo plano, mesmo assim eu já estava decidido.
Primeiro desafio: Devido a limitação de vagas, em março é feito um sorteio entre os inscritos, foi a primeira noite sem dormir aguardando horas e horas a lenta atualização do site, finalmente as 3 da manhã pude ver meu nome na lista do evento e já parti pra compra da passagem.
36 horas entre vôos e conexões até chegar a Vancouver, depois mais 4 horas de carro em direção a Kamloops, local da largada/chegada.
Tudo teve que ser bem planejado, tinha que ser perfeito, pra em caso de desistência, ela não ter sido motivada por logística errada, então obviamente chequei tudo umas 5 vezes. A dificuldade está em carregar o minimo possível pra bike não ficar tão pesada sem deixar de levar o que é essencial, já que não é permitido veículos de apoio, expectativa inicial era de terminar em 87 horas, 3 abaixo do limite de 90 horas.

Antes da largada – Feito o check in e a vistoria da bike, andei um pouco pela cidade pra almoçar, e aliviar a tensão, suficiente pra minha havaiana fazer uma bolha no meu pé esquerdo. Voltei ao Kamloops Curling Club tentar relaxar um pouco, ou no carpete ou no sofá, mas tentar dormir foi inútil, a excitação pré prova simplesmente não deixa eu tirar um cochilo que seria importante. Finalmente as 9 da noite começo a me vestir pra largada as 10. Como foi tudo checado muitas vezes, nada estava faltando.... quer dizer, cade minha meia e minha bandana? Menos mal que tinha meias a venda pela organização (la se vão 10 dólares) e tive que sair sem bandana mesmo.
Largada Kamloops – Clearwater (km 123) – Finalmente as 22:00 chegou a hora de direcionar toda aquela adrenalina pra mover a bike, um breve briefing até que o diretor fala “eu não sei o que vocês ainda estão fazendo aqui, vão pra estrada”, 105 ciclistas partindo, muita gente aplaudindo na saída da cidade e vários pelotões se formando, o que foi muito bom pela iluminação conjunta e pra pegar um pouco de vácuo já que toda economia de energia é bem vinda.
Já nos primeiros 30 km, uma das minhas garrafas caiu da bike, ou seja, já tive que readequar minha estrategia de hidratação de 3,2 pra 2,4 litros/100 km, pois não pretendia parar pra procurar na escuridão e ainda perder o pelotão. O clima tava bom, ate C1 - Clearwater (Control 1) a temperatura ficou na casa dos 12º.
Finalmente depois de pouco mais de 4 horas e 123 km chegamos na primeira parada as 2:35 da manha. Muita comida disponível, hora de esvaziar a bexiga também, mas tudo muito rápido pra não perder tempo e esfriar a musculatura, depois de 16 minutos parado iniciei o segundo trecho.
Clearwater-Blue River (km 229) – Já sai de Clearwater um pouco mais agasalhado, pois esse trecho seria o mais frio do primeiro dia, além disso a partir desse ponto começaram as subidas, ainda muita gente agrupada o que facilita virar a noite pedalando, pois vamos batendo papo sem nem lembrar que ainda tínhamos mais de 1000 km pela frente, boa parte desse trecho foi na compania do canadense Barry Chase. Apesar de ainda ser uma área de baixa altitude, seguíamos entre montanhas, o que nos brindava com um vento gelado. 4:30 da manha começou a amanhecer, melhorando a visibilidade, mas também é o horário mais frio que nesse dia chegou a 3º, mas manteve a maior parte do tempo em torno de 5º. Pela manha, mais precisamente entre os km 180 e 260, algo me fazia sentir desconfortável, parecia cansaço, naquele momento comecei a pensar que poderia não conseguir, mas ao mesmo tempo o lado racional mostrava que eu não estava cansado, estava adiantado e cheguei no C2 1:05 antes do previsto as 8 da manha, ou seja, se realmente estivesse cansado ainda tinha um tempinho extra pra descansar.
Blue River – Valemount (km 319) – Mantendo o ritmo, sempre baixando os tempos previstos, me livrei daquela tentativa do subconsciente de minar minhas energias. Ao mesmo tempo as paisagens espetaculares desviavam a atenção pro fato que estávamos sempre pedalando ladeira acima. Nesse trecho já apareceu o primeiro urso, ta certo que era um filhote, mas é algo que não se vê no Brasil. Enquanto isso iam alternando as companias da pedalada, uma hora foi um alemão, depois um iraniano que morava na florida, depois um jovem casal de Vancouver sendo que era o primeiro 1200 dela e o segundo dele, um Australiano. Isso tudo ajuda a não pensar no que tínhamos pela frente, já que eram tantas culturas diferentes, então não faltava assunto..... enquanto isso... ladeira acima. Cheguei no C3 as 12:27, aproveitei pra almoçar e é claro, abastecer as garrafas.
Valemount – Jasper (km 443) – Minha primeira parada pra um cochilo tava programado pra Beauty Creek (530 km) mas resolvi parar mais cedo em Jasper (era meu plano B previamente estudado) pois a estrutura la seria melhor pra um cochilo. Pra se chegar em Jasper já tem que subir alguns morros, seguindo por dentro do parque nacional e como sempre, por paisagens deslumbrantes. O dia segue muito quente, mas pela altitude, assim que o sol começa a se por, a temperatura despenca. Cheguei em Jasper já com um frio razoável depois de completar os 447 iniciais as 7:53 da noite... quer dizer... da tarde, pois anoitece uma 9:30 por aqui. Nem passa pela cabeça que ainda tenho quase 800 pela frente, fica só a satisfação de ter dado o primeiro passo sem nenhum problema, fechando o primeiro dia apos 21:53 rodando, ainda abaixo do tempo previsto. Depois de um merecido banho, um jantar caprichado, fui pra tirar um cochilo num belo tapete emborrachado.
Jasper – Beauty Creek (km 530) – Pude dormir por 3:30, mas acordei com muita dor nos ombros, enquanto levantava, tomava café da manha ela foi passando e as 2:15 da manha iniciei a subida até Beauty Creek. De novo durante o amanhecer, é a hora que o frio ataca, e o frio era meu maior medo, mas apesar de estar apenas 1º, não tive nenhum tipo de problema. Algumas subidas se você parar pra pensar um pouco acaba chorando, então o melhor é definitivamente não pensar, apenas ir adiante ate chegar nos 1500 m de altitude de Beauty Creek. Aproveito pra aumentar meu nível cultural, mas percebo que o inglês é uma língua muito pobre de vocabulário, pois só se ouvia as palavras climbing e uphill.
Chegando em Beauty Creek, fico surpreso com a hospitalidade, o café da manha caprichado e é claro a calefação, que me dava vontade de não sair.
Beauty Creek – Lake Louise (km 677) – Esse é definitivamente o trecho mais esperado da prova, pois envolve a travessia das 2 maiores montanhas da prova, com 2035 e 2065 metros, saindo do C5, tem uma longa reta, mas quando aparece a subida... putz... é impressionante a inclinação daquilo, consigo manter uma velocidade incrível entre 6 e 8 km/h, mas sei que o importante é não ficar pensando que se tata de uma subida de 40 km de extensão, mas felizmente, essa parte ingrime é só nos primeiros 8 km, depois fica uma subida dentro de padrões aceitáveis ate atingir o topo aos 2035 metros. Finalmente aparece uma ladeira abaixo, depois de 570 km, mas não é muito confortante saber que baixamos novamente pra 1400 m e la vem a outra montanha pra ir aos 2065 metros. Essa subida é o contrario, começa de maneira aceitável, onde da pra manter entre 13 a 15 km/h, mas a parte final, aquela chega a bater desespero quando lembro, a temperatura voltou a bater a casa dos 27º e acabei tendo que encher as garrafas num rio, essa agua já vem naturalmente gelada. Chegando no topo da montanha, resolvo verificar o estado da minha pele no meu ponto de ligação com a bike (conhecido como bunda) pois não estava mais achando uma posição confortável pra sentar. Assim que meu dedo toca, dou um berro de dor, tinha uma bolha enorme, já estourada, e o negocio tava em carne viva, alem de sangrando um pouco. Tive que seguir em pé ate o C6, por mais ou menos 37 km, o que me fez perder muito tempo, deixei de aproveitar a descida e ainda ganhei uma linda dor nos 2 joelhos, que por sinal a partir daí, ela foi minha fiel companheira ate o final da prova.
Finalmente as 5:25 da tarde chego em Lake Louise. Esse controle é atípico, pois dali sai pro único trecho que é fora da volta, vai ate Castle Junction, e na volta passa de novo por Lake Louise para ir até Golden, isso me fez ter uma boa noção do tempo que perdi, pois alguns ciclistas que estavam subindo os morros comigo, estavam la, porem já haviam ido a Castle Junction e pararam la novamente pra abastecer, ou seja, eu estava 54 km pra trás Única solução pra isso foi feita – parada o mais rápido possível, lavei bem o ponto de ligação (a tal da bunda) o que rendeu alguns urros de dor, passei uma pomada anti bactéria e fiz uma boa cobertura com micropore, alem de um saco plastico no selim, pra evitar a fricção, comi rápido e iniciei a ida pra Castle Junction.
Lake Louise – Castle Junction (km 705) – Finalmente pude voltar a sentar, mas agora sempre seguia acompanhado da minha amiga (dor no joelho) eu até conversava com ela de vez em quando, nesse trajeto curto conheci o Joseph, um Alemão-Americano-Francês – explico – nasceu na Alemanha, mora nos estados unidos desde 1991, é casado com uma francesa e só se comunica com ela em francês, da pra imaginar o sotaque. Ele foi a pessoa com quem mais conversei, pois do km 680 ate o final fizemos juntos. Chegamos em Castle Junction as 7:28 e a parada foi praticamente um "stop and go" tipico na formula 1, mas tive a oportunidade de tomar um susto quando me vi no espelho no banheiro, naquele momento imaginei minha aparência ao final da prova... melhor não pensar...
Castle Junction – Golden (km 815) – Decidimos não parar em Lake Louise de novo pra abastecer, assim aproveitaríamos ao máximo a luz do dia, e porque teoricamente esse era um trajeto fácil ate Golden, já que era quase todo ladeira abaixo com 800 m de desnivel, assim recuperaria parte do tempo. Logo na primeira descida pego em cheio um buraco que rasgou minha camara traseira, por sorte o pneu não foi danificado, pois lembra que eu chequei tudo um monte de vezes antes da prova? O pneu reserva também foi esquecido. Essa troca da camara acabou custando quase 30 minutos devido a dificuldade em manusear a bicicleta com todo peso que estávamos carregando, a falta de sensibilidade nas pontas dos dedos e a total escuridão Daí por diante, foi um dos trechos mais tensos, pois minhas pilhas estavam fracas (as reservas tavam me esperando em Golden) e a pista estava cheia de buracos, pequenos suficiente pra não atrapalhar os carros, porém grandes o suficiente pra arrebentar uma roda de bicicleta, além de um acostamento que não estava em boas condições e um fluxo surpreendente de carros e caminhões. Foi um longo trecho descendo na casa dos 20 km/h (tinha previsto descer ente 60 e 70km/h), de vez em quando acertando outros buracos o que me fez chegar exausto em Golden, alem de muito atrasado. Cheguei lá as 2 da manha, quase 5 horas atrasado em relação ao meu planejamento o que me faria estourar as 90 horas do tempo limite. Solução de novo – reduzir as horas de sono. Depois de jantar, tomar banho e trocar o curativo, dormi por 1:30. Quando acordei... não acreditava que sentia tanta dor, precisei de alguns minutos deitado ainda no ginásio (de novo os tapetes emborrachados) pra aos poucos ir mexendo alguns músculos devagar e depois finalmente levantar. Não preciso mencionar minha amiga do joelho.... nesse momento já estávamos tão íntimos que acho que não preciso ficar mencionando sua constante compania.
Golden – Revelstoke (km 965) – O inicio da pedalada parece uma tortura, a perna não obedece, o joelho dói e eu sai do C8 parecendo o Guga jogando, cada giro no pedal um grito tipico de tenista dando raquetada, demorou uns 10 minutos pra eu conseguir botar uma cadencia normal, e só então acho que minha amiga percebeu que eu era parceiro dela, e voltou a me acompanhar de maneira mais pacífica, desistiu de tentar me matar.
Golden fica a 750 metros de altitude e tínhamos pela frente 2 montanhas, a primeira de 1100, descendo a 750 de novo, e subindo a 1330. Claro que depois de 1000 km rodados, qualquer subida pode ser um problema, mas essas eram realmente ingrimes, não sei porque, mas me senti muito bem nelas e subi passando muita gente, ainda vinha na cabeça um trecho de uma musica do Élvis "it isn't only a hill, any longer, you gave me a mountain, this time" foi até inspirador, pois eu queria mudar o trecho que fala "you gave me a mountain i will never climb". O Joseph ficou pra trás, mas parei no topo pra agrupar de novo, afinal, já eramos uma dupla naquele momento e ali já tinha certeza que chegaríamos juntos.
Depois dessa, foi uma boa descida até Revelstoke que fica apenas 500 metros acima do nível do mar, agora também na compania de um casal japonês, sendo que ela não falava inglês. Em uma das descidas uma das garrafas do Joseph caiu, ele estava uns 300 metros a minha frente, parei pra pegar e quando levantei a cabeça, não o vi mais, deduzi que ele tinha entrado numa das lanchonetes indicadas na planilha de navegação e resolvi entrar também, o acesso era bem complicado e quando chego, o cara não tava la... bem resolvi fazer um lanche assim mesmo, um sanduiche de salmão, já que salmão por la é tão popular quanto frango no Brasil. Segui até o controle e chegando la, as 14:51 devolvi a garrafa ao Joseph, que havia chegado 20 minutos antes.
Revelstoke – Enderby (km 1077) – Esse foi um trecho especialmente torturante pra mim, pois os 40 km finais eu tava muito fraco, eu tinha parado de tomar gatorade desde o km 600, pois a acidez queimou todo o meu lábio, alem da comida ser muito do padrão americano (gordura e sal), então percebi que não tava me alimentando direito principalmente pelo medo de alguma comida me fazer mal e eu jogar a prova pela privada (literalmente), mas chegou no ponto que ou eu comia ou não completava, então depois de passar por maus momentos... quer dizer, péssimos, eu tava tonto, tive que ficar alguns minutos deitado no asfalto, e literalmente fui me arrastando ate Enderby, não tenho nem muito o que falar desse trecho, pois não lembro de nada, apenas de tentar tomar Power Gel e não sentir nenhum efeito, acho que não senti nem mais a presença da minha amiga no joelho, de tão grogue que eu tava, talvez eu seja uma novidade na medicina tendo pedalado 40 km em coma. A receita pra reverter isso eu já sabia, então cheguei em Enderby (acho que abduzido por uns ETs protetores de ciclistas) comi um pouco, dormi 15 minutos, depois comi muito, mas muito mesmo, tudo que tinha direito, depois mais um cochilo de 15 minutos e pronto, la estava eu de volta a prova, inteirão, o pessoal do Controle ficou super preocupado quando viu meu estado chegando la, mas depois da terapia intensiva virei um novo homem, sem abandonar minha amiga que me lembrou que ainda estava lá. Só pra constar, chegamos as 22:45 la e tenho que agradecer ao Joseph, pois ele ficou comigo nesse trecho, viu que sozinho eu não chegaria.
Enderby – Salmon Arm (1100 km) – Já na saída, encaramos uma subida razoável de 4 km, claro que não se compara as montanhas, mas depois de tanto esforço, até uma subida dessas que se compara a subida dos condomínios depois da ponte JK (Brasília), fica difícil. Mas eu tava inteiro e até que foi tranqüilo, além disso era um trecho curto entre 2 controles, mas algumas dificuldades apareceram, Joseph que havia levado quase um atlas com todos os mapas de todas entradas das cidades dos controles, errou o trajeto por 3 vezes, foi a vez do meu GPS mental nos salvar, acho que o ultimo neurônio que funcionava era o do GPS, por 2 vezes ele ouviu meu grito e retornou, mas em uma delas tive que ir atrás dele pra avisar que tinha passado a entrada. Chegamos em Salmon Arm as 2:05 da manha pra mais um reforço na alimentação. Pensei em continuar, pois tava bem e só faltavam 110 km, mas foi a vez do Joseph ficar sonolento e em solidariedade, fiquei por la pras ultimas 2 horas de sono, mas não sem antes assistir-lo vasculhando seus mapas tentando entender onde errou. A surpresa negativa desse controle foi que os chuveiros não estavam disponíveis 24 horas, então o banho foi cortado da estratégia, apenas um banho de gato na pia do banheiro e a troca do curativo, mas o clima lá era muito bom, pois contrastava a cara de cansaço de todos com a euforia de faltar apenas 110 km.
Salmon Arm - Kamloops (chegada 1211,3 km) – Um belo café reforçado e esperamos os primeiros raios de sol, pra poder aliviar um pouco da bagagem como colete refletivo, parte da iluminação e até uns agasalhos. Agora estava tudo a nosso favor, pois tínhamos tempo de sobra, bike mais leve e a chuva não tava forte. Faltavam apenas 4 subidas e descidas estilo 7 curvas (BR 060 km 5 GO) e depois tudo plano nos 50 km finais. O inicio do pedal de novo eu mostrei meu talento no tênis, pois pelo menos na parte dos gritos eu me sairia bem. Pude assim me certificar que minha amiga ainda tava la, e como tinha dormido, ela descansou bem e tava mais forte que nunca. Tivemos a oportunidade de pedalar nesse trecho com um casal de Boston, o cara é simplesmente Ed Kross, fazendo seu 12º 1200 km, só de Boston Montreal Boston, foram 5, e o primeiro foi o recorde da prova que permaneceu por vários anos, sua mulher Jéssica Eckhardt estava na segunda participação, foi bom pruma troca de experiencia e foi gostoso ver no visual, a gente se afastando e deixando eles pra trás... Apenas no visual, pois como eles eram do grupo das 84 horas, na verdade então, eles estavam 6 horas na frente... hehehe.
O objetivo era fechar ate 1 da tarde, o que daria 87 horas, mas dava pra ser melhor, então aceleramos pra baixar o tempo. Esse trecho é famoso pelo vento contra constante, mas não sei se demos sorte ou simplesmente estava num transe profundo que não senti vento, até que finalmente, após exatamente 85 horas e 35 minutos, foi grande a emoção de ver as pessoas aplaudindo e finalmente um sonho realizado.

12 comentários:

Ninki disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ninki disse...

olá Henrique,

editei o texto lá blog, linkando com o teu blog, ok?
assim o pessoal da uma passadinha por aqui e conhece vc melhor!

até o dia 16, abraços ninki

Carlos disse...

Eu li o blog na Ninki e tb linkei para cá.

PARABÉNS!!!!

Um grande abraço.

Kieling
www.audaxlajeado.blogspot.com

Pablo Weiss disse...

Henrique,

Parabéns pela conquista. Me lembro dos teus comentários e programações para este evento, que fizeste durante aqueles quilômetros que rodamos juntos no audax aqui de Poa no início do ano. Aguardo a tua parceria para o audax do dia 16.

Abraço.
Pablo Weiss.

Nanny Rosa disse...

Parabéns Henrique pela determinação! Adorei seu relato!
Abraços,
Eliane Bickel

Marco Braga disse...

Meus parabens e obrigado por compartilhar sua aventura. Aguardo o novo relato depois de agosto 2008.

Abs,

Marco Braga - RJ
reefmarc@gmail.com

Trevisan disse...

Henrique! Parabéns pela conquista!
Esse teu relato é inspirador, pois estou inscrito no "Colorado Last Chance 1200Km", nos EUA mes de setembro.
Sábado que vem as zero hora estarei buscando o brevet de 600Km em Santa Cruz do Sul para me habilitar em definitivo para os 1200Km. Meu primeiro após 27 provas de Audax e 2 séries completas (2005 e 2006).
um abraço.

Unknown disse...

Henrique, simplesmente incrível. Lendo o que tu viveste nessa prova, até parece que estamos compartilhando da mesma. É como ler um bom livro e mergulhar na história. Parabéns pela façanha. Mais um brasileiro representando nossa garra.
João Leite (Porto Alegre)

Erich disse...

Ola Grande Henrique,

meus parabens. Esta prova parece ser bem mais acidentada do que encontramos no PBP!Apesar do feito inédito ainda sobrou folego para esnobar......juventude é isto aí.
Procurei por fotos....
Manda um abraço pro pessoal aí de brasília...Juan, Adriana, Guilherme

erich brack-Santa Cruz do Sul

Marilu disse...

Henrique, parabéns pela conquista!
Teu relato tá bárbaro, rico em detalhes :)
Sou uma pedalante tbém,mas nem chegou aos pés dos teus desafios.

Estive neste percurso que vc fez de bike em 2006, fui lendo e imaginando por onde vc passou. A paisagem é deslumbrante!

Parabéns! Sucesso!

Anônimo disse...

Fala Ai Henrique, estou muito Feliz pelo feito e acredite que esse trofeu será de grande valia para toda sua vida, siga em frente e continue Audacioso.

Parabens.

Cezar Barbosa

Davi disse...

Caro colega Henrique, fiquei fã do seu relato, PARABÉNS PARCEIRO! Nossa o seu relato, como bem disse um colega, parece um livro. Tenho que treinar muito, para poder tentar fechar os 1.000 em POA, espero vê-lo por lá e quero algumas dicas para este desafio, pois, agora creio que sua experiência será muito importante prá todos. SUCESSO!
Stanley - BH